Ruben Amorim revelou que Geny Catamo, regressado da CAN 2023, está convocado para a receção do Sporting ao Casa Pia e destacou as mudanças na equipa de Pina Manique, face à mudança da equipa técnica. Acima de tudo, o treinador falou de um grupo afetado pela derrota diante do Sp. Braga, na meia-final da Taça da Liga, e que precisa de voltar a jogar rapidamente para recuperar o ânimo.

«O Casa Pia mudou a sua forma de jogar, joga agora num 4x4x2, tem dinâmicas parecidas com as que o Paulo Fonseca fazia há algum tempo. Tem uma boa identidade, nós conseguimos reconhecer bem onde estão os posicionamentos dos jogadores do Casa Pia, depois entra qualidade deles. O Soma anda muito entre linhas, tem dois avançados muito possantes e face a isso, como em Chaves, tínhamos de evitar os cruzamentos, desta vez também temos de evitar os cruzamentos, quer dos laterais, quer dos jogadores entre linhas. Passou para uma linha de quatro, poderá às vezes ser uma linha de seis, não sei que tipo de adaptação o Casa Pia irá fazer, portanto, espero um jogo difícil, em que nós tivemos, infelizmente, mais tempo para trabalhar. Temos de ganhar para manter o nosso lugar», começou por enunciar na antevisão do jogo.

Um jogo que chega depois da derrota na meia-final da Taça da Liga. Um jogo que deixou marcas evidentes na equipa. «Sentimos muito a derrota, há muito tempo que não sentia o grupo tão em silêncio, a trabalhar bem, mas sentiram muito a derrota. Sei que eles ainda estão a pensar no jogo, porque eu sou o responsável, sou mais rápido a passar para o jogo seguinte e até a mim me custou. Portanto, se a mim me custa, imaginem aos jogadores. Acho que não vai deixar marcas nenhumas porque senti a equipa muito concentrada no trabalho que está a fazer, mas foi uma das derrotas, desde que estamos cá, que eu sinto que se alongou mais no tempo», contou.

Uma derrota difícil de digerir diante de um Sp. Braga que se fechou bem, mas Amorim não teme que os outros treinadores se sintam tentados em copiar a estratégia de Artur Jorge para travar os leões. «Há todos esses detalhes e os treinadores são bons e sabem perceber, mas o Braga jogou muito recuado e tirou-nos profundidade. Agora se as outras equipas o vão fazer ou não depende de nós. Se acertámos três vezes na barra, se à frente da baliza mandarmos ao lado... À frente do Matheus, foi o Quaresma a mandar ao lado, foi o Viktor a mandar ao lado, o Nuno à barra, o Pote a mandar à barra. Se tudo isso acontecer noutro jogo, acho que encontraram o antídoto que é a bola não entra», comentou.

A derrota diante do Braga não vai mudar a forma de jogar do Sporting, mas Amorim teve uma conversa particular com Vikor Gyökeres sobre a falta de eficácia da equipa na Taça da Liga. «Mesmo com essa forma de jogar do Braga que foi pensada e que teve efeito, acho que o Viktor consegue fazer muito mais e foi isso que falei com todos os jogadores e também com o Vikor. Mesmo com essa marcação toda, há pormenores que podemos melhorar, principalmente na decisão. As sensações do jogo que ficam é que fomos eliminados, queremos outro jogo, mas se olharmos para o jogo, quanto a mim, fomos superiores. Temos de continuar a jogar assim porque aquilo não acontece todos os dias», acrescentou ainda.