O leão rugiu no fim e ganhou.

O Sporting chegou ao intervalo a vencer o Estrela da Amadora (1-0), mas permitiu a recuperação do adversário nos primeiros minutos da segunda parte. O líder foi forçado a correr contra o tempo para virar o jogo e acabou por chegar ao triunfo por 3-2 graças a um mágico inglês: Marcus Edwards.

Mas vamos por partes.

Sem Morita, Amorim concedeu a titularidade a Daniel Bragança - voltou a jogar de início na Liga três meses depois. Nem com a alteração no setor intermédio, os verde e brancos perderam qualidade de jogo e logo aos oito minutos criaram a primeira ocasião de golo por Edwards.

Pedro Gonçalves, por duas vezes, a errar o alvo em duas ocasiões quase consecutivas. O clube Tricolocor entrou encolhido e apenas se conseguiu soltar depois de sofrer o 1-0. Ao 33 minutos, Gyökeres escapou pela esquerda e cruzou para a entrada da área onde surgiu Daniel Bragança a rematar em jeito para o primeiro da noite em Alvalade.

O golo serviu como despertador para os estrelistas que ameaçaram o empate pouco depois. Leo Jabá (belo jogo) escapou à defesa do Sporting - muitas dificuldades no controlo da profundidade -, mas desperdiçou na cara de Adán.

Foi uma espécie de aviso para o que viria a seguir. Num estalar de dedos, como quem diz, em seis minutos, os leões deixaram fugir a vantagem. Quando deram por si, já estavam a perder por 2-1. Coates foi protagonista pelos piores motivos ao cortar com o braço o cruzamento de Léo Jabá que originou o penálti (o próprio Jabá fez o 1-1) e ao ser ultrapassado por Kikas antes deste finalizar com qualidade. 

Num ápice, o jogo ficou de pernas para o ar.

Amorim foi ao banco e lançou St. Juste, Inácio, Trincão e Paulinho, tirando do jogo Matheus Reis, Coates, Esgaio e Bragança. Com mais gente na frente, o Sporting causou muitos problemas à última linha do Estrela.

Foi, no entanto, preciso um lance absolutamente genial de Marcus Edwards para empurrar o leão para a reviravolta. O inglês arrancou com a bola, desatou a driblar adversários e só parou quando rematou em arco para fora do alcance de António Filipe. 2-2 com cerca de quinze minutos para o final.

O Sporting fez, no fundo, o que o Estrela lhe tinha feito nos primeiros minutos da segunda parte. Marcou dois golos de rajada e baralhou o jogo por completo. Outra vez Edwards no lance, desta feita a servir de bandeja Paulinho que cabeceou para a «remontada» verde e branca. 

Pedro Gonçalves viu António Filipe negar-lhe um golaço com uma defesa extraordinária. O Sporting podia ter ampliado o marcador não fosse a prestação do guarda-redes do Estrela que ainda voou para evitar o golo de Trincão em cima do minuto 90.

O Leão assustou-se, mas Edwards tinha a fórmula mágica para a vitória.