Na véspera de disputar a segunda final de um Europeu de sub-21 como selecionador nacional, Rui Jorge tirou a pressão aos seus jogadores, elogiando o trajeto de uma geração que, recorde-se, foi campeã europeia de sub-17 e sub-19.

Ainda assim, o treinador voltou a sublinha que o passado não joga e que Portugal não pode partir para o confronto com a Alemanha como favorito.

«A velha questão do candidato e favorito. É mais um jogo e é isso que vou dizer aos jogadores. Se há frase que eu não gosto é que as finais são para se ganhar. É um lugar comum e se calhar não faz muito sentido. Todos os jogos são para encarar da mesma forma, por isso não posso dizer uma coisa diferente agora que vamos jogar a final. Interessa-me encarar os jogos para os disputar da melhor forma e é isso que vamos tentar».

Ainda assim, Rui Jorge assumiu ser impossível não pensar na final perdida para a Suécia em 2015… porque não o deixam.

«Tenho de pensar na final de 2015 até porque tenho recebido mensagens de alguns jogadores dessa final. Ficou o sabor amargo da derrota, mas o positivo é muito maior do que o negativo porque é preciso muito para atingir estes patamares», elogiou, apontando uma única diferença que espera que haja em relação a 2015.

«Não há nada de diferente: sinto o mesmo orgulho de estar nesta fase da prova, a mesma ambição, vontade, a preparação também é igual. Só espero que o resultado seja diferente, mas se não for, temos de saber que tudo fizemos para ter sucesso», enalteceu, em conferência de imprensa via Zoom.

Para o adversário da final, a Alemanha, sobram elogios.

«É uma tremenda equipa, é impossível fugir de um grande adversário nesta fase. Vamos tentar utilizar o nosso jogo mais curto para os levar de vencida, porque sabemos que se formos para o jogo mais físico, eles vão ter grande vantagem», começou por analisar.

«Se conseguirmos impor o nosso jogo, poderemos ter alguma vantagem e sei que os jogadores se vão divertir mais e ter mais prazer em jogá-lo. Mas temos de ter capacidade para o levar para esse lado e proporcionar um grande espetáculo», resumiu.