Rúben Amorim, treinador do Sp. Braga, esteve na sala de imprensa após a conquista da Taça da Liga. O técnico de 34 anos deixou revelações curiosas numa conversa de 15 minutos com os jornalistas:

«Sonho? Sou muito feliz a trabalhar. Gosto muito daquilo que faço. Foi uma opção minha não continuar no Benfica, já não tinha algumas condições físicas para ser futebolista ao mais alto nível. Isto é volátil. O meu objetivo é ganhar o próximo jogo, isto muda rapidamente. Em Pina Manique mudei algumas vidas, toquei os atletas.»

[Qual o plano B para o Sp. Braga?]

«O nossos sistema de jogo é como qualquer outro. Temos pouco tempo de trabalho, temos mudado em função das características dos jogadores. É diferente ter André Horta ou Palhinha, pois um dá-nos mais bola e o outro mais recuperações; o mesmo em relação ao Trincão ou Ricardo Horta. Mais do que fazer jogadas ensaiadas, quero que os jogadores entendam onde está a possibilidade de ter vantagem. Tudo parece bem, mas temos muito a trabalhar.»

[Se tivesse começado a época o Sp. Braga lutaria pelo título?]

«Ganhámos o primeiro jogo no Jamor e as coisas fluíram muito bem. Contra o Tondela ouvimos assobios na primeira parte e as coisas foram mais difíceis. Não sei se estaria a lutar pelo título. Eu não sei, o importante é manter esta dinâmica.»

[Disse numa entrevista que ia ver se tem jeito para treinar]

«Daria hoje a mesma resposta. Vou ver se continuo nesta senda de vitórias. Faço um apelo à cidade: o clube cresceu muito, o presidente fez um trabalho sensacional, precisamos de uma ligação ainda maior para crescer. Vou ver se tenho jeito para treinador. Temos um título, mas foram só cinco jogos.»

[Quando lutará o Sp. Braga pelo título?]

«A nossa ideia é fazer crescer o Sp. Braga. O Braga já tentou tudo. Já teve jogadores emprestados dos grandes - eu sou um exemplo -, já contratar lá fora. Agora a solução é a formação. Vai ser impossível segurar todos. A jogar assim é impossível. Temos de criar uma ideia de vitória, de exigência, sabendo que temos limitações em relação aos grandes.»

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