Um penálti foi suficiente para decidir um intenso dérbi romano, no Estádio Olímpico, a favor da Lazio nos quartos de final da Taça de Itália. A equipa de Maurizio Sarri chegou ao golo no início da primeira parte, José Mourinho arriscou tudo na ponta final, mas não conseguiu desfazer a vantagem do rival, num jogo que chegou a ferver e que terminou, apesar das poucas oportunidades, com uma expulsão para cada lado.
Um dérbi romano que prometia muito antes de começar, com as bancadas do Olímpico a ferver, repletas de adeptos apaixonados, nos dois lados das barricadas, mas a verdade é que teve muito pouco de espetacular. As duas equipas subiram ao relvado amarradas aos esquemas táticos desenhados por dois senhores do futebol, Maurizio Sarri e José Mourinho, e dali não saíram.
Muita luta pela bola, muitos choques em campo e, com certeza, alguns traumatismos, mas sem um pingo de inspiração ou de ousadia. Sem um rasgo que fizesse levantar um espectador das bancadas.
A Lazio, ainda sem Ciro Immobile (lesionado), com o influente Luis Alberto no banco e com uma novidade, com Christos Mangas, contratado ao OFI Creta no verão passado, a estrear-se na baliza. Do lado da Roma, também com várias baixas, José Mourinho não prescindiu de Rui Patrício na baliza e, desta vez, ao contrário do outro jogo na Taça, deixou Svilar no banco. Em causa estava um bilhete para as meias-finais da segunda prova italiana e não havia espaço para qualquer risco.
Isso esteve sempre bem presente na atitude das duas equipas que defendiam com tudo, mas atacavam com pouco ou nenhum risco. Foi, portanto, sem surpresa, que as duas equipas chegaram ao intervalo sem uma única oportunidade digna de registo. Muita luta, muito rigor tático, mas o único remate enquadrado foi um livre de Cataldi, à figura de Patrício.
Lazio vira o disco e chega ao golo
A segunda parte foi completamente diferente. Foi diferente, desde logo, porque a Lazio entrou com uma atitude diferente, muito contundente no início da segunda parte, a surpreender a Roma. Logo a abrir, Rui Patrício teve de se aplicar para uma espetacular defesa a uma cabeçada de Vecino, depois de um grande cruzamento de Felipe Anderson.
O guarda-redes português segurou o nulo, mas por pouco tempo, uma vez que, na sequência do mesmo lance, numa bola dividida, Huijsen meteu o pé e acabou por atingir, de forma inadvertida, Taty Castellanos. O lance foi ao VAR que acabou por confirmar o castigo máximo, convertido, de forma exemplar, por Zaccagni.
A Lazio estava na frente e o jogo e o jogo tinha forçosamente de mudar. A equipa de Sarri passou a rodar mais a bola e obrigou a Roma a correr, enquanto José Mourinho, que já tinha trocado Dybala por Pellegrini ao intervalo, foi reforçando o ataque, com as entradas sucessivas de El Shaarawy e Andrea Belloti.
A dez minutos do final, a Roma somava apenas um remate enquadrado, mas a Lazio ainda haveria de tremer, até porque ficou reduzida a dez, por expulsão do espanhol Pedro Rodríguez que viu um segundo amarelo depois de envolver-se numa confusão com Paredes e Mancini. Andrea Belotti ainda teve uma oportunidade flagrante para marcar, mas o novo guarda-redes da Lazio defendeu e ainda evitou a recarga de Pellegrini.
O jogo acabou com mais uma confusão em campo e com uma agressão do iraniano Azmoun que, ainda antes de partir para a Taça da Ásia, viu um vermelho direto.
A Lazio junta-se, assim, à Fiorentina, nas meias-finais da Taça de Itália e vai, agora, aguardar pelo vencedor do embate entre a Juventus e o Frosinone para saber com que vai lutar por uma vaga na final.