Ruben Amorim, treinador do Sporting, em conferência de imprensa, depois do empate com o Benfica (2-2), no Estádio da Luz, em jogo da segunda mão da meia-final da Taça de Portugal. Os leões seguem em frente para a final do Jamor.

A exibição do Sporting desta terça-feira deixou-o com preocupações para o jogo de sábado?

- Os treinadores vivem sempre preocupados. Não nos podemos enganar com as sensações que o jogo dá. Se tivéssemos ganho por muitos, ficaria preocupado ao contrário, de que o Benfica ia pressionar de forma diferente e nós confortáveis. O Benfica foi muito pressionante, criou dificuldades quando se juntavam nos corredores. Já temos um passado nestes jogos em que conseguimos jogar muito bem. Mas não quero só bater nos meus jogadores. Devíamos ter uma vantagem maior no primeiro jogo para vir aqui, mas mesmo assim estivemos duas vezes em vantagem e empatamos.

Os jogadores ficaram condicionados pelo resultado da primeira mão? Ficaram convencidos que teriam de gerir a vantagem?

- Não diria isso. Entrámos pior e fomos menos agressivos. Quando saí do balneário antes do jogo senti que querem muito isto. Sabiam da dificuldade do jogo. Simplesmente não tivemos um jogo tão inspirado, mas conseguimos passar e estaremos na final do Jamor. É o que fica. Temos três dias para emendar o que temos de emendar.

Procurou gerir a equipa para o jogo do próximo sábado?

- É uma gestão como sempre, para ganhar todos os jogos. Conheço muito bem os meus jogadores, é para jogar na máxima força em todos os jogos. Tento ver como vamos ganhar os jogos todos, é o que fiz.

O lance do primeiro golo, com Gyökertes à direita, foi estudado?

- Esta bola para o Viktor Gyokeres é trabalhada há muito tempo. Foi bom entrar na segunda parte assim, foi um grande passe para o Hjulmand. Penso que chegámos com quatro jogadores e o Benfica só tinha três na área.

Este é o único troféu que lhe falta no Sporting. É um objetivo? O que falhou nos outros anos?

- É o objetivo, vamos ver se conseguimos. Nos outros anos fomos eliminados pelo Marítimo, nas meias-finais pelo FC Porto e…nem vamos falar do ano passado. Foi com o Varzim, da Liga 3. É relembrar esses momentos. Passámos e logo teremos a final.

Entrada de St. Juste? Abraço dos jogadores no final?

- O St. Juste tem uma capacidade diferente. É muito agressivo, isso permitiu controlar o David Neres. Em relação ao jogo do campeonato, eles deram um abraço porque ganharam. Agora o Benfica vai confiante no sentido em que jogou melhor hoje. Será um jogo com outra história. Acho que vou conseguir ajudá-los a serem melhores para vencer o jogo de sábado. A equipa equilibrou um pouquinho mais, mas nunca controlámos o jogo.  O Esgaio saiu não porque estivesse a jogar mal, mas porque temos de mudar a pressão e o encaixe nos adversários. Toda a gente se esforçou muito, isso é que é obrigatório. Não jogando bem, o principal era passar a eliminatória.