O Gil Vicente está na quarta eliminatória da Taça de Portugal. Passa à próxima fase com uma goleada (5-0), e os números escondem um jogo amorfo e uma primeira parte muito mal conseguida. A equipa das Caldas da Rainha chegou a fazer tremer Barcelos com uma entrada forte em que falhou uma grande penalidade.

Os de Barcelos fizeram aquilo que lhes competia, e põe o seu nome entre as bolas que vão ditar o sorteio da próxima eliminatória da Taça de Portugal. Venceu o Caldas por cinco bolas a zero num jogo morno , sem entusiasmo, sem público e com um futebol raramente bem jogado.

O Caldas, outrora habituado a outras andanças e a estar entre a elite do futebol nacional, apresentou-se em Barcelos motivado e a encarar o jogo com seriedade. Não para entrar na festa da Taça de Portugal, mas sim para vencer o encontro. Até porque, precisamente há dois anos tinha estado neste mesmo estádio para disputar com o Gil Vicente uma eliminatória da mesma competição, não sendo por isso uma experiência nova.

Caldas falhou grande penalidade

Cedo o Caldas mostrou ao que vinha. Logos aos dois minutos visou a baliza de Caleb com um remate fraco, é certo, mas que dava sinais a João de Deus de que a sua equipa teria que se esforçar para bater a equipa que disputa o terceiro escalão do futebol luso.

Aos dez minutos, o árbitro Vasco Santos apontou para a marca da grande penalidade, assustando os poucos adeptos do Gil Vicente presentes na bancada. O cruzamento de Sabino foi direitinho às mãos de Éder, dando ainda mais confiança à equipa do Caldas.

Telmo não conseguiu introduzir a bola na baliza, desperdiçando uma oportunidade soberana para a equipa do Campeonato Nacional de Séniores. O Caldas até estava melhor nesta fase do encontro, mas não conseguiu materializar essa superioridade e acabou por sair goleado de Barcelos.

O Gil chegou ao golo já nos descontos do primeiro tempo, quando Diogo Viana estava em zona de cruzamento para a área, mas resolveu atirar diretamente à baliza traindo tudo e todos. Que o diga o guarda-redes Luís Paulo que viu o esférico fazer-lhe um autêntico chapéu.

Quatro golos no segundo tempo

O segundo tempo começou tal como havia terminado o primeiro. Diogo Viana foi uma vez mais o denominador comum da jogada de perigo do ataque do Gil Vicente. O extremo ficou com a baliza completamente escancarada depois de uma saída em falso do guarda-redes Luís Paulo. Enquadrou-se com a baliza, mas atirou às malhas laterais.

Uma entrada prometedora, que deixava adivinhar um Gil Vicente diferente para melhor no segundo tempo. O que se veio a comprovar pelo avolumar do resultado que apenas terminou quando se atingiu uma mão cheia de golos.

Danielson de cabeça. Avto no seguimento de uma belíssima jogada individual e João Vilela na conversão de duas grandes penalidades selaram o resultado final do encontro, dando um pouco mais de cor ao segundo tempo depois de uma primeira parte muito amorfa.

O Gil Vicente cumpriu com a sua obrigação, enquanto que o Caldas sai de Barcelos com uma derrota demasiado pesada. Caso tivesse convertido a grande penalidade ainda no decorrer do primeiro tempo a história poderia ter sido outra.