O fecho de 121 serviços locais do Fisco, as antigas repartições de Finanças, dispensa de pelo menos dois mil funcionários tributários em todo o país em resultado de concentrações de serviços, fusões das tesourarias com os serviços de cobrança das autarquias e da Segurança Social, diz o «Diário de Notícias».

Estas são algumas das directrizes propostas pelo Executivo, inscritos no PRACE, o programa de restruturação da administração central, para reordenar a máquina fiscal.

O plano para «encolher» o fisco , que só espera aprovação pelo Executivo, começa nas estruturas de topo. «A redução de 21 direcções distritais para 12 direcções regionais irá permitir uma forte descida do número de funcionários», descreve o relatório, a que o DN teve acesso, sem apontar números ou cifras.

Esta é a primeira fase de decapitação da máquina. Numa segunda fase, «quando os serviços estiverem consolidados», as direcções regionais passam a ser apenas cinco.

Mais doloroso para os funcionários do fisco será a extinção de serviços locais. Pelo menos 121 serviços fecham as portas. Aqui o documento, afirma, preto no branco que a redução de funcionários «atingirá, no máximo, um terço do número actual de funcionários», calculado em pelo menos seis mil.