Bruno Lage, treinador do Benfica, elogia a forma como os encarnados atuaram no mercado de Inverno, não só no que diz respeito às entradas, mas, também, às saídas do plantel.

«O plantel foi sempre competitivo, mas olhar para esquerda e ver: Cervi, Rafa, Jota e Caio. É muita gente. Até mesmo na preparação do treino. Além de dar, de forma justa, os minutos que merecem. Nós não podemos ter todos os bons jogadores, temos de ter os suficientes. Temos ter quatro, para escolher dois, para sentirem que há equilíbrio e justiça para competir com os outros companheiros por um lugar e por minutos na equipa.

Acho que fizemos um mercado de janeiro muito bom nesse sentido. Até para dar oportunidade a todos os jogadores – aqueles saíram - de encontrarem a sua felicidade e de poderem jogar. Estou extremamente satisfeito.»

[Porquê três pontas de lança?]

«Tirando uma ou outra exceção, temos jogado quase sempre em 4-4-2. E senti que precisava de outro avançado para o caso de querer jogar com dois de início. O RDT nunca jogou como fazia o Félix. Com ele, a minha intenção era jogar com dois pontas de lança, lado a lado. E depois, em função do sistema, eles têm de saber que um tem de vir jogar entre linhas enquanto o outro procura a profundidade, e alternam entre eles.

A nossa forma de jogar leva-nos a isso. Podemos começar com dois avançados e depois ter outro para substitui; ou como hoje: começar com um e depois precisar de acabar com dois. Olhando para essa situação, quis ter três pontas de lança.

Agora temos um plantel muito equilibrado e competitivo. Criámos justiça para os jogadores sentirem que podem competir por minutos na equipa, ao invés de ter quatro jogadores para uma posição.»