O presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde considerou esta sexta-feira que perder a Qimonda, em Portugal, «seria uma forma de subjugação aos interesses asiáticos».

«Temos que nos opor a isso», insistiu Mário Almeida, que disse não aceitar que «os Governos de Portugal, Alemanha e Saxónia, a Infineon e a própria Qimonda Portugal, permitam que a Europa deixe de ter uma unidade que é referência a nível mundial», escreve a Lusa.

Qimonda: Pinho diz que tem sido «batalha dura»

O mesmo responsável espera que durante estes seis meses, em que a fábrica se mantém em lay-off, seja encontrada uma «solução que vise recuperar a Qimonda e a sua imagem», afirmou.

O autarca considerou ainda que foi feita uma «duríssima redução de postos de trabalho», mas espera que isso sirva para «alargar as hipóteses de encontrar um investidor».

Situação vivida ao nível do desemprego é «dolorosa»

Mário Almeida afirmou que tem acompanhado «de perto» a situação dos trabalhadores da Qimonda que «têm recorrido diariamente à Câmara Municipal».

Perder Qimonda seria «vergonha nacional»

Admitiu que lidar com a situação da Qimonda tem sido «doloroso», porque «há muitos agregados familiares a viverem este drama de desemprego ou de possível desemprego».

«Mesmo as pessoas que não foram dispensadas e se mantêm em lay-off, vão ficar com os seus salários reduzidos», acrescentou.

«Todos têm compromissos assumidos com rendas ou prestações de casa, educação dos filhos e é evidente que as pessoas estão alarmadas, uma vez que desconhecem o que as espera daqui a seis meses», disse ainda.

Por isso, Mário Almeida voltou a dizer que se recusa a admitir a hipótese de encerramento da fábrica de semicondutores.

«A Qimonda tem que ser salva e, diariamente, temos que pensar naquela unidade e na sua recuperação», concluiu.