Aimar

O que não se vai dizer de Éder Luís pode dizer-se de Aimar. Entrou para o lugar do brasileiro e o Benfica foi logo outro. Melhor, muito melhor pelos pés do argentino, que começou a distribuir futebol e a elevar o nível dos restantes companheiros. É isso que se pede ao camisola 10, foi isso que Aimar foi, acompanhando Carlos Martins. Cardozo pode ter marcado o primeiro golo, mas o argentino já era há muito o factor decisivo. E foi ainda mais quando arrancou, a passe de Ramires, para o 2-0, num golo de suster a respiração tal foi a calma com que passou por Rui Patrício. Em menos palavras, virou o derby a favor do Benfica e¿soltou a magia.

Cardozo

Derrubou o leão, com uma perna ferida. Estava a ser aquele Cardozo trapalhão, pouco em jogo, até com falta de confiança. Sofreu uma grande penalidade que quase ninguém reparou, mas que o Tacuara sentiu e muito na perna. Pouco depois, estava no sítio certo, com aquele faro ou instinto que dizem ter os pontas-de-lança. Mesmo combalido, deu o pontapé fatal e viu recompensado o esforço que fez «desde Grimi». Um golo para um campeonato? Talvez. Saiu lesionado, mas com bónus: volta a ser o rei dos marcadores em Portugal.

Carlos Martins

Ex-leão, líder da revolta encarnada, nesta «guerra fratricida» que são os derbies entre Benfica e Sporting. Carlos Martns tentou desde sempre, desde o apito inicial ir mais além, mais longe, ou seja, mais perto da baliza contrária. Numa primeira parte mais verde e branca, mandou a equipa subir através do passe e ainda tentou ferir o leão com remates de longe.

Éder Luís

Saltou para o onze, o que não deixou de ser surpreendente. Teve de fazer esquecer Saviola, El Conejo, mas a cartola de Jesus não tirou nada mais que uma exibição esforçada, com muita correria e pouca eficácia. Apareceu num cabeceamento ao lado, aos 41 minutos e pouco mais. O treinador já disse que, dos reforços de Janeiro, Éder Luís era o que estava mais atrasado na adaptação. E continua, diga-se.

Ruben Amorim

Poucas palavras para uma bela e decisiva exibição. Mais uma vez a lateral, por outra ocasião a subir no relvado, como na Madeira, em que serviu Cardozo para o golo. desta feita, foi em slalom de novo, não assistiu, mas esteve na génese do 1-0 e da vitória encarnada.