O Olhanense considerou, este sábado, que a decisão da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) em indicar Vizela e Arouca para subir à II Liga «viola claramente a verdade desportiva».

O clube algarvio era o líder da série D do Campeonato de Portugal (CP) quando a prova foi cancelada e viu aplicado o mérito desportivo pelos pontos. Tinha 57, menos um que um dos promovidos, o Arouca, líder da série B, com 58 pontos. O Vizela, na série A, tinha 60 e o outro líder, o Praiense, tinha 53, no primeiro lugar da série C.

Além dessa consideração, o clube de Olhão aponta que «o mérito desportivo, o critério de territorialidade e o regulamento» são também violados, «não sendo justa nem equitativa» a decisão.

O Olhanense diz que o objetivo era qualificar-se para o play-off de subida e não fazer melhor que os outros líderes de série. «Qualquer pessoa sabe que os clubes que lutam nesta competição planeiam as suas estratégias desportivas com o objetivo de conseguir conquistar os primeiros dois lugares, que têm o acesso direto para o play-off. Nunca com o objetivo diário de somar mais pontos relativamente às equipas das outras séries», aponta a SAD dos algarvios, em comunicado.

«Esta violação de equidade é absolutamente inadmissível», refere o Olhanense, dizendo que vai «defender os interesses em todas as instâncias oportunas, sem nunca esquecer» que o trabalho da instituição e a marca «foram publicamente atropeladas».

O Vizela, que sobe, considera que «foi feita justiça» e o Arouca fala em «atitude honrosa e digna» da FPF. Já o Praiense fala em «podridão» e vai agir judicialmente. O Real Sport Clube, que era o segundo classificado da série D, aponta que foi impedido de disputar, pelo «segundo ano consecutivo», a decisão de subida à II Liga.