O FC Porto acusou o Sporting de atentado à saúde pública e comunicou à Liga de Clubes, à Direção-Geral de Saúde e à Ordem dos Médicos a sua posição sobre a intenção de o Sporting utilizar Nuno Mendes e Sporar no clássico de terça-feira, a contar para a meia-final da Taça da Liga.

De acordo com o protocolo da DGS evocado pelos dragões, ambos os jogadores do Sporting têm de estar em isolamento após terem acusado positivo em testes à covid-19. Isto independentemente de esta tarde o Sporting ter afiançado que os dois jogadores tiverem falsos testes positivos. O tema foi, aliás, abordado pelo técnico Ruben Amorim na conferência de imprensa antes do jogo.

«Há apenas quatro dias, os jogadores Nuno Mendes e Sporar testaram positivo para covid-19, na sequência da realização de testes PCR, que, segundo a literatura científica, têm uma taxa de fiabilidade muito próxima dos 100 por cento. Esta tarde, o Sporting anunciou que os dois atletas estarão em condições de enfrentar o FC Porto já amanhã, em jogo da Taça da Liga, o que significa que não cumprirão os dez dias de isolamento que são obrigatórios para quem testou positivo para covid-19, de acordo com o protocolo da Direção-Geral da Saúde assinado pela diretora-geral Graça Freitas», escreveu o FC Porto em comunicado, acresentando:

«Esta antecipação em seis dias do fim do isolamento dos dois jogadores do Sporting é um crime público, inaceitável numa altura em que Portugal é líder mundial do número de novos casos de covid-19 por milhão de habitantes e numa fase em que todos os dias se bate o recorde nacional de mortes por esta doença. E é ainda mais incompreensível por ser cometido por um clube presidido por um médico.»

FC Porto e Sporting defrontam-se esta terça-feira, em Leiria, a partir das 19h45, em jogo da meia-final da Taça da Liga. Quem vencer disputará a final frente a Benfica ou Sp. Braga.

Comunicado FC Porto:

No dia em que o governo comunicou um reforço das medidas de combate à propagação da covid-19, o Sporting anunciou a intenção de cometer um atentado à saúde pública.

Há apenas quatro dias, os jogadores Nuno Mendes e Sporar testaram positivo para covid-19, na sequência da realização de testes PCR, que, segundo a literatura científica, têm uma taxa de fiabilidade muito próxima dos 100%.

Esta tarde, o Sporting anunciou que os dois atletas estarão em condições de enfrentar o FC Porto já amanhã, em jogo da Taça da Liga, o que significa que não cumprirão os dez dias de isolamento que são obrigatórios para quem testou positivo para covid-19, de acordo com o protocolo da Direção-Geral da Saúde assinado pela diretora-geral Graça Freitas. 

Esta antecipação em seis dias do fim do isolamento dos dois jogadores do Sporting é um crime público, inaceitável numa altura em que Portugal é líder mundial do número de novos casos de covid-19 por milhão de habitantes e numa fase em que todos os dias se bate o recorde nacional de mortes por esta doença. E é ainda mais incompreensível por ser cometido por um clube presidido por um médico.

O FC Porto comunicou esta situação à Liga e à Direção-Geral da Saúde e vai participá-la à Ordem dos Médicos, na expectativa de que as autoridades façam cumprir a lei, sob pena de ter de repensar a participação na final four da Taça da Liga, para defesa de todos os intervenientes. É uma questão de saúde pública.