Alguns membros da União estão contra a reunião a quatro, que deixou de fora os restantes membros e defendem que a resposta à turbulência deve ser dada em uníssono pelos 27, especialmente quando os participantes da mini-cimeira de Paris (França, Alemanha, Reino Unido e Itália), querem que todos os países da União se envolvam nas medidas decididas.
Também em discussão deverá estar o apelo feito pelo já chamado G4, a uma maior flexibilidade do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) nesta altura de crise. Os Chefes de Estado e de Governo pediram mesmo às autoridades europeias maior tolerância na análise das medidas dos Estados nesta fase, o que pode ser interpretado como um pedido de autorização para se ultrapassar o tecto de 3% do Produto Interno Bruto, imposto pelo PEC, em termos de défice orçamental.
Na terça-feira, há nova reunião, desta vez com todos os ministros das Finanças da União Europeia. O desafio agora é tomar medidas para aplicar as decisões do G4, como o reforço do controlo e supervisão das entidades financeiras.
Outro tema importante é a garantia estatal dos depósitos e poupanças dos cidadãos, depois de Alemanha, Grécia e Irlanda terem dado garantia ilimitada sobre todos os depósitos dos particulares em caso de falência de algum banco. A União Europeia estabelece um mínimo de 20 mil euros, valor que é ainda superior em Portugal (25 mil euros).
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