A associação considera que «perdeu-se uma boa oportunidade de responder a uma das necessidades mais prementes das empresas», adiando a resolução de um problema que a economia do país está «a pagar caro».
Par a AEP é difícil perceber «que o mesmo Governo que, há dias, reconheceu a necessidade de substituição da frota de que se servem as indústrias nacionais dos transportes terrestres e marítimos, não veja que há sectores em que a substituição da mão-de-obra e a adopção de novos processos produtivos é um imperativo vital para o futuro de muitas empresas e a sobrevivência de milhares de postos de trabalho», acrescentam.
Associação queixa-se de falta de benefícios
Mas há mais. A associação queixa-se de falta de benefícios para as empresas e garante que não compreende como as alterações legislativas a introduzir pelo Governo continuam a contribuir para «aumentar os custos administrativos das empresas».
«Ao pretender-se que sejam as entidades que beneficiam da prestação de um serviço a ter de responder por uma taxa social de 5% sobre o montante desse serviço, está a agravar-se a sobrecarga burocrática unicamente para quem contrata o serviço. Nem as empresas nem o país ganham com isto», sublinham.
Por isso, garantem que esta medida «não terá qualquer efeito positivo na vida das empresas» e servirá, apenas, para «obrigar os prestadores de serviços a rever preços e a incorporar na sua remuneração os 5%» que passarão a ser exigidos à entidade que os contrata.
Críticas à parte, o Conselho de Administração da AEP entende que é de «louvar» a solução encontrada em matéria de flexibilização dos horários de trabalho e explica porquê: «ao viabilizar-se a possibilidade de empresas e trabalhadores encontrarem, em sede de contratação colectiva, saídas mais adequadas aos tempos em que vivemos do que aquelas que a actual lei consagra, deu-se um passo interessante na adequação das condições laborais às exigências da nova economia global», rematam.
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