Apesar da Confederação de Agricultores Portugueses (CAP) ter garantido que não ia participar na Concertação Social, depois do ministro da Agricultura, Jaime Silva ter acusado a CAP de «ligações à direita conservadora e à extrema-esquerda», o organismo liderado por João Machado voltou atrás e já chegou à Concertação Social.

«Viemos aqui hoje depois de termos ouvido as declarações do primeiro-ministro a reconhecer a importância da CAP na Concertação Social», refere João Machado à entrada, acrescentado que «estamos cá para contribuir com as nossas decisões, apesar da presença na reunião não estar preparada».

Diálogo com Sócrates

O responsável da CAP explica que, na base, desta mudança de atitude estão as palavras do primeiro-ministro à entrada da Concertação e que apelou ao regresso da Confederação nas negociações do código de trabalho.

«Entendi as palavras do primeiro-ministro como um esclarecimento e reconhecimento da importância da CAP», salienta João Machado.

O dirigente da Confederação disse ainda ter «7 posições para acordar com o Governo e por isso a CAP passa agora a negociar directamente com o gabinente do primeiro-ministro», afastando desta forma a intervenção de Jaime Silva.