João Pedro Sousa, treinador do Famalicão, na sala de imprensa, após derrota por 3-0 frente ao FC Porto:
«Na minha opinião é penálti, mas não vou falar na arbitragem porque podíamos perder o jogo na mesma. Fico mais preocupado e incomodado com a expulsão do Zaydou, mas se calhar até foi bem expulso. Perdi o jogador no jogo e no próximo.
Foi um jogo muito equilibrado. Não foi um jogo de muita qualidade, mas foi muito competitivo entre duas boas equipas. O jogo entrou nos duelos, nas segundas bolas, aliás, o segundo golo foi assim que aconteceu e o Porto é muito forte nesse momento conseguiu marcar. No entanto, percebemos que o que planeamos para o jogo não correu bem.
Na segunda parte, quisemos mudar, acredito que por estratégia a pressão do Porto baixou um bocadinho e aí conseguimos sair com facilidade. No entanto, mesmo controlando o jogo, não marcar e a perder 2-0, se não conseguimos marcar, em termos mentais começa a ser desgastante.
Depois vem a expulsão e aí sim acusamos bastante e acabamos por sofrer um golo e uma bola no poste que matou o jogo. Claro que o Porto é o justo vencedor, mas parece-me pesado. Satisfeito pelo que os jogadores fizeram porque fizeram exatamente o que pedi, mas infelizmente não chegou e perdemos o jogo.
[exibição de Zaydou e porque não foi substituído tendo amarelo] Eu olho para o jogo e, numa atitude defensiva, tinha tirado o Zaydou, mas se quero um jogo competitivo, não o posso tirar. Exatamente como o Porto faz. Admiro muito a forma como a equipa do Porto o faz, muito pressionante, agressivo, o futebol nas melhores ligas é assim.
Isto não é crítica à arbitragem, até porque já falei muitas vezes disso. Acho um exagero o número de amarelos e a facilidade com que se puxa do cartão amarelo e vermelho e condiciona o jogo. Prejudica o espetáculo. Raramente tiro um jogador por ter medo que seja expulso. Não me parece que o Zaydou merecesse ser expulso, daí a razão de não tirar o zaydou. É uma peça fundamental na equipa, queríamos sair pelo lado direito, mas o nosso lateral estava mal posicionado.
[alertas por ter sofrido três golos] Nós tentamos ser críticos do nosso trabalho, mas não de uma forma resultadista. De uma forma quente, percebe-se que há dois ou três aspetos que temos de melhorar. O segundo golo é um erro nosso, o terceiro é um grande erro nosso. Estávamos com menos um jogador e temos de perceber se a equipa está preparada para pressionar na frente. Uma equipa como o Porto não perdoou, na primeira vez que falhamos a pressão, fez o golo. É isso que temos de aprender, os jogadores querem por vezes defender ou atacar, mas por vezes falham os timings».