Num Coliseu do Porto em ebulição, com mais de 2500 pessoas, o presidente do FC Porto desvendou, ainda que de forma sucinta, as bandeiras da recandidatura.

«[Pretendemos avançar com a] Modernização do estádio, rentabilização do estádio e concluir o centro de estágio que será na Maia, embora muitos o tenham tentado boicotar», propôs. Além disso, o aparente «milagre» financeiro estará concretizado, fixando os capitais próprios e as contas em zona positiva.

Perante uma autêntica bancada do Estádio do Dragão, entre muitos cachecóis – brinde da organização – e bandeiras, Pinto da Costa nada mais disse quanto às propostas que pretende implementar, ainda que a recandidatura aponte a um «Novo Porto». Ao invés, o presidente dos dragões optou fazer «mira» à «comunicação social lisboeta», como é identitário da retórica, inflamando os ânimos (e apupos) no Coliseu.

«Quem vai escolher o próximo presidente serão os sócios. Não serão os grupos económicos, nem as televisões», argumentou, visando também a imprensa generalista sediada na cidade. Entre nova ovação, dois jornalistas foram atingidos por isqueiros.

Contando com o apoio de personalidades como Sérgio Conceição, João Pinto, Vítor Baía, Silvestre Varela, Rui Barros, Domingos Paciência, António Folha, António Oliveira, e ainda o ministro da saúde, Manuel Pizarro, o presidente do FC Porto garantiu que a união do clube resultará no crescimento da cidade e do país.

«Há quatro palavras que nos resumes: rigor, competência, paixão e ambição. Esta semana renovamos contrato, até 2028, com Galeno e Namaso, e contratamos Otávio Ataíde. Quando o negócio estava assinado, apareceu um iluminado com uma proposta para o Dubai, mas o jogador teve palavra», aproveitou para revelar.

Sob o lema «Todos pelo Porto», e num discurso de 45 minutos – com inúmeras pausas para cânticos e aplausos dos presentes – Pinto da Costa oficializou a recandidatura. Em caso de vitória, garantiu, o será o derradeiro mandato.

As eleições no FC Porto estão agendadas para abril. Além de Pinto da Costa, também André Villas-Boas e Nuno Lobo são candidatos.