O presidente do FC Porto, Pinto da Costa, assegurou esta segunda-feira que o FC Porto está em linha quanto ao cumprimento das regras da UEFA e que os azuis e brancos não vão voltar a cair na situação de fair play financeiro em que estiveram desde 2017 a 2022.
«O [dia] 31 de março era o prazo para termos tudo em dia com a UEFA. O FC Porto tem tudo rigorosamente em dia e em ordem com a UEFA. Naturalmente, ninguém pode garantir nada. Agora, o fair play financeiro, tenho a certeza de não vamos cair nele», afirmou Pinto da Costa, em entrevista à SIC, esta segunda-feira, sobre um assunto que foi um dos questionados por André Villas-Boas (um dos três candidatos à presidência do FC Porto, além de Pinto da Costa e Nuno Lobo), numa carta enviada à SAD, a 14 de março.
Pinto da Costa reconheceu que o «valor» que o FC Porto pode não receber por falhar a Liga dos Campeões 2024/25 «é considerável», mas lembrou que os prémios da Liga Europa na próxima época são mais elevados e que, em junho, há a entrada do dinheiro relativo ao acordo com a Legends, associado à exploração do Estádio do Dragão.
«O valor que eventualmente podemos deixar de receber é considerável, mas há dois aspetos: a Liga Europa também vai dar muito mais dinheiro do que dá atualmente. Não vamos perder esse dinheiro todo. Vamos perder a diferença. E, já em junho, vamos ter entrada de pelo menos 70 milhões de euros do negócio que fizemos do Estádio», referiu, deixando ainda uma nota sobre a situação financeira da SAD do FC Porto, em particular dos capitais próprios.
«Daqui a um mês estão mais do que positivos. A nossa situação financeira está perfeitamente controlada», defendeu.
Ainda sobre a situação financeira, Pinto da Costa abordou ainda a hipotética necessidade de vender e apontou que Diogo Costa - considerado, pelo sítio Transfermarkt nos últimos dias, o guarda-redes mais valioso do mundo - «só sairá do FC Porto se alguém bater a cláusula de rescisão».
O dirigente dos azuis e brancos foi ainda questionado sobre se admitiria uma derrota nas eleições, dizendo apenas que «prognósticos só no fim» e confirmou, a propósito da Operação Pretoriano, que está a ser tentado um «acordo» para a saída do Oficial de Ligação aos Adeptos (OLA) e antigo speaker do Estádio do Dragão.
«O Conselho Fiscal é que fez os processos, é que deu as sanções devidas aos sócios de que nós temos prova que estiveram envolvidos. Em relação ao Saúl, foi suspenso, entrou de férias, naturalmente não voltará ao FC Porto nessas funções e se calhar em nenhuma, estamos a tentar chegar a um acordo para que ele saia», anunciou.