Vítor Campelos foi confirmado esta sexta-feira como novo treinador do Gil Vicente, tal como o Maisfutebol já tinha antecipado, depois de uma temporada em o treinador conduziu o Desportivo de Chaves até ao sétimo lugar da Liga.

O clube de Barcelos acaba de dar as «boas-vindas» ao novo treinador nas redes sociais com a publicação de fotografias de Campelos a assinar o novo contrato. «Assinado e selado. Começamos hoje a trilhar um novo caminho com a mesma ambição de sempre», escreveu o clube.

Já com o contrato assinado, o técnico, de 48 anos mostrou-se «entusiasmado» com este novo desafio, numa época que será histórica para o emblema barcelense, que completa 100 anos de existência.

«É um clube histórico do nosso campeonato e que acolhe bem. Conhecemos o plantel, mesmo sabendo que alguns jogadores saíram, mas também sabemos que o Gil Vicente trabalha bem e preocupa-se em fazer bons grupos. Queremos consolidar a equipa na I Liga, garantindo rapidamente a manutenção, mas praticando bom futebol», disse na apresentação.

O técnico lembrou que, mesmo na condição de adversário, elogiou as equipas do Gil Vicente, mas vincou que será preciso um trabalho de restruturação do plantel, admitindo algumas saídas, nomeadamente a de Fran Navarro, melhor marcador da equipa nas últimas duas épocas e que tem sido apontado ao FC Porto.

«Sabemos que alguns jogadores saíram, como Tomas Araújo, Adrián Marín, Vítor Carvalho, Fran Navarro ou  Aburjania, mas com toda a certeza que a estrutura está a trabalhar para trazer atletas para colmatar essas ausências importantes. Acredito que vamos fazer as escolhas certas e criteriosas», partilhou.

Campelos abordou, ainda, a forma como surgiu a oportunidade de treinar o Gil Vicente, confessando que esteve, antes, a um pequeno passo de seguir um outro rumo, num clube do segundo escalão do futebol inglês.

«Posso dizer que estive 99 por cento certo no Cardiff. Acertámos tudo, desde valores [do contrato] às casas para a equipa técnica. Tive várias reuniões com a direção e todos concordaram que era o treinador ideal, mas o dono do clube, que mora na Malásia, decidiu contratar outro treinador», contou.

O técnico disse compreender que o Desportivo de Chaves também tivesse seguido outro rumo perante o sucedido, ao contratar José Gomes, mas revelou que houve sintonia quando o Gil Vicente lhe propôs este projeto. «Depois do Cardiff ainda houve outra situação para Inglaterra, num clube em que o meu nome estava na lista, mas fiquei no mercado. O presidente do Gil Vicente ligou-me, tivemos uma reunião e houve logo uma empatia forte e decidimos aceitar este desafio», completou.

Francisco Dias da Silva, presidente do Gil Vicente, revelou, entretanto, que o contrato assinado com Vítor Campelos e a sua equipa técnica «vigora por uma temporada», embora fosse vontade do dirigente «assinar por várias épocas», considerando o técnico «a pessoa ideal para cimentar o projeto do Gil Vicente».

Este será o quinto clube de Vítor Campelos em Portugal, depois da passagem por Vitória de Guimarães, Moreirense, Trofense e esta última experiência em Chaves, contando, ainda, na sua carreira como técnico principal, com passagens pelo Videoton, da Hungria, Tractor, do Irão, e Al-Taawon, da Arábia Saudita.

Vítor Campelos substitui no cargo Daniel Sousa, que na última época conduziu o Gil Vicente ao 13.º lugar da Liga.