Vítor Campelos, treinador do Gil Vicente, em conferência de imprensa, depois da derrota diante do Sporting (1-3), no Estádio de Alvalade, no jogo que encerrou a 12.ª jornada da Liga:

O Gil Vicente já não vence quase há dois meses. O que leva de positivo desta noite?

- Sabíamos que íamos defrontar uma equipa fortíssima, creio que preparámos bem o jogo durante a semana e apresentámos uma equipa bem organizada. O Sporting estava a apresentar dificuldades, apesar de ter o domínio do jogo. Penso que ainda tivemos uma boa oportunidade para abrir o marcador, que podíamos ter aproveitado melhor, mas marcámos de bola parada que também tínhamos preparado esta semana. Acabamos por sofrer um golo algo fortuito antes do intervalo, porque a bola nem ia à baliza, bateu num jogador nosso e acabou por entrar.

O que mudou depois do intervalo?

- Ao intervalo tentamos retificar, sabíamos que o Sporting ia entrar muito forte. Acabámos por sofrer um segundo golo, mas não quero falar muito nisto. Mas se o VAR chamou o árbitro é porque tinha uma razão. Esse golo destabilizou o grupo que sentiu que tinha havido falta. Baixámos a concentração e sofremos o 3-1 que ditou o resultado final. Ainda assim, deixamos uma imagem de uma equipa que sabe o que faz dentro do campo, que joga bom futebol. Há dois meses que não ganhamos, mas o campeonato esteve parado muito tempo e, entretanto, vencemos para a Taça. A qualidade do nosso jogo não tem sido traduzida em pontos, mas o caminho é este , continuar a trabalhar, para melhorarmos os detalhes e os pormenores.

O Sporting entrou forte na segunda parte, depois mexeu na equipa. O que estava a falhar?

- Como já disse, sofremos dois golos, mas no primeiro sentimos que podia ter sido falta. Isso desconcentrou a nossa equipa. É algo que não pode acontecer. Temos de respeitar as decisões do árbitro e manter-nos focados. Nestes momentos os jogadores baixam os níveis de concentração, isso não pode acontecer. É uma coisa que falamos muitos nos treinos. O facto é que depois do 2-1 sofremos logo o 3-1 de rajada. Tentámos trocar. O Maxime já tinha dado o máximo dele, tinha cartão amarelo e achámos que aquelas eram as melhores soluções para aquele momento.

Como é que se pode travar um avançado como Gyökeres?

- Fica mais difícil quando ele tem mais espaços. É um jogador muito rápido, muito potente. Quando estávamos com o bloco mais baixo, é mais fácil de controlar, mas ele tem coisas muito fortes na velocidade e na potência. Temos de chegar perto quando a bola chega a ele para matarmos logo a jogada, senão depois vamos ter dificuldades. Também temos de dar mérito ao jogador. Penso que os nossos defesas estiveram bem, mas também há que dar mérito aos jogadores que estiveram do outro lado.