Depois da Amnistia Internacional, é agora a vez da beIN Sports, cadeia televisiva detentora dos direitos televisivos da Premier League em vários pontos do planeta, se manifestar contra a venda iminente do Newcastle a um consórcio da Arábia Saudita.

Numa carta enviada aos dirigentes dos clubes da Premier League, o CEO da beIN, Yousef al-Obaidly, alertou para os danos que o negócio poderia provocar nos clubes e nas receitas comerciais da própria competição. Com argumento, Obaidly acusa o governo da Arábia Saudita de apoiar a prática de serviços de streaming ilegais desde 2017.

«Não é exagerado dizer que o futuro do modelo económico do futebol está em jogo», referiu ainda numa mensagem que também foi enviada à direção da Premier League e que foi reproduzida pela BBC e pelo Guardian.

O consórcio, que inclui o Fundo de Investimento Público da Arábia Sautida (PIF), liderado pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, e a PCP Capital Partners, está disposto a adquirir 80 por cento do clube inglês por 300 milhões de libras, qualquer coisa como 340 milhões de euros.

Refira-se que a beIN está sediada no Qatar, país que mantém há vários anos um conflito diplomático com a Arábia Saudita.