Estádio Olímpico de Roma, 8 de julho de 1990. A Alemanha (ainda RFA) derrota a Argentina por 1-0 e conquista o título mundial. Jogo de muita polémica, com duas expulsões para os sul-americanos (Monzón e Dezotti) e decidido por um penálti a cinco minutos do fim. Golo de Andreas Brehme. 

Diego Armando Maradona salva-se da expulsão, apesar de alguns comportamentos discutíveis, mas o cartão vermelho podia ter saído ainda antes do início da partida. Palavra de Edgardo Codesal, o árbitro mexicano dessa final de um Mundial de qualidade muito pobre. 

«Se eu tivesse aplicado o regulamento, o senhor Maradona era expulso logo no início. Insultou todo o estádio ao dizer palavrões durante o hino italiano. Tentei acalmá-lo ao dizer-lhe que havia uma final para jogar, mas não foi capaz de entender. Mais à frente, quando expulsei o Monzón, veio gritar-me na cara que sabia do roubo que a FIFA tinha montado. Também aí o poupei», conta Codesal à rádio 1010, do Uruguai. 

«Sempre admirei Maradona como futebolista, mas como pessoa foi das piores que conheci na vida», conclui o antigo árbitro mexicano. «Como jogador era um craque. Antes do jogo contra a Rússia, também nesse Mundial, fui ao balneário perguntar a razão do atraso da entrada em campo da Argentina. O senhor Bilardo disse-me que não sabia se o Maradona poderia jogar. Olhei para trás dele e o tornozelo dele parecia uma bola. Estava a ser ligado, acabou por jogar e foi o melhor em campo.»