O Comité de Apelo da Federação Espanhola de Futebol (RFEF) manteve esta terça-feira o cartão amarelo ao futebolista Mouctar Diakhaby, ao recusar o recurso do Valência, que pedia a anulação da ação disciplinar.

O amarelo mostrado a Diakhaby deveu-se a protestos do jogador francês, que se disse alvo de insultos racistas por parte do defesa do Cádiz, Juan Cala, no jogo disputado no passado dia 4 de abril.

Segundo o Comité, este tipo de acontecimentos não está regulamentado, pelo que teria de existir uma denúncia judicial. Além disso, o cartão foi atribuído «por discutir com um rival».

Na semana passada, a Liga Espanhola não encontrou «em nenhum meio digital disponível» indícios de um insulto racista de Juan Cala a Diakhaby, poucos dias depois de o Governo espanhol ter solicitado esclarecimentos da situação que teve origem ao minuto 29 do jogo entre Cádiz e Valência, no Estádio Ramón de Carranza.

Cala e Diakhaby trocaram palavras dentro da área defensiva do Valência, levando a que o central francês percorresse depois meio-campo para interpelar o adversário. Depois de os jogadores das duas equipas terem separado a dupla, Diakhaby viu amarelo e ficou a explicar ao árbitro que tinha sido alvo de um insulto racista antes de sair de campo, acompanhado pelos colegas do Valência.

O Cádiz também seguiu para os balneários e o jogo esteve interrompido cerca de 25 minutos. O Valência regressaria ao relvado para retomar a partida, mas já sem Diakhaby, substituído por Hugo Guillamón, tendo o Cadiz ganho por 2-1.