Não caiu à primeira, mas está para breve.

Fernando Santos resistiu como selecionador da Polónia após uma reunião na terça-feira com Cezary Kulesza, presidente da federação polaca, mas segundo apurou o Maisfutebol, negoceia neste momento a rescisão do contrato que tinha até ao final da qualificação para o Europeu e que renovava automaticamente em caso de apuramento. 

«Foi feito um balanço deste último estágio, que sabemos que foi muito mau em termos de resultados. Não vamos revelar detalhes do encontro, mas claro que foi discutida a situação da seleção no apuramento», disse, na terça-feira Jakub Kwiatkowski, porta-voz da Federação.

«Valerá a pena continuar a sofrer?»

A continuidade de Fernando Santos estava a ser debatida após a derrota da Polónia frente à Albânia (2-0), que deixa os polacos no quarto lugar, com seis pontos em cinco jogos.

Desde que assumiu o comando da seleção, Fernando Santos venceu em casa a Albânia e as Ilhas Faroé, somando depois derrotas nos três jogos fora frente à Rep. Checa, Moldávia e, agora, Albânia.

Após o desaire em Tirana, várias foram as vozes que se fizeram ouvir sobre o futuro da seleção polaca, desde logo, pela sua principal figura: o capitão Robert Lewandowski.

O avançado do Barcelona pediu «grandes mudanças» que tragam esperança ao horizonte a uma seleção que não falha uma fase final de Europeu desde que não conseguiu o apuramento em 2004, em Portugal.

Também Boniek, lenda do futebol polaco e antigo presidente da federação, se referiu à possível continuidade de Fernando Santos no cargo… e não foi simpático.

«Fernando Santos é um bom homem, mas não conseguiu encontrar rumo nossa realidade. Os maus resultados não são só culpa dele, mas valerá a pena continuar a sofrer?», questionou.

Afinal, o sofrimento não deve mesmo continuar. A demissão do treinador português é, neste momento, uma questão de horas. 

Depois de oito anos ao serviço da seleção portuguesa, com o título europeu conquistado em 2016 e a Liga das Nações em 2017 pelo meio, a passagem de Fernando Santos pela seleção polaca foi bastante mais breve. Foram menos de nove meses.

[artigo atualizado]