O futebolista brasileiro Tiquinho Soares, do Botafogo, treinado pelo português Luís Castro, foi punido com oito jogos de suspensão, na sequência dos incidentes no clássico ante o Flamengo, em que deu uma cabeçada ao árbitro após ter sido expulso, a 25 de fevereiro.

Na decisão da 5.ª Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RJ) do Rio, conhecida esta segunda-feira, foram ainda aplicados cinco jogos de suspensão a Marçal, jogador que também foi expulso e que, tal como Tiquinho, já passou em Portugal, no caso pelo Benfica e pelo Nacional.

O castigo aplica-se apenas a jogos do estadual carioca e ambos já cumpriram um jogo, ao ficarem de fora no domingo, no triunfo ante o Resende (0-2). Joel Carli, também expulso na partida, viu ser-lhe aplicado um jogo de suspensão, precisamente já cumprido ante o Resende.

O clube treinado por Luís Castro foi ainda multado em 5450 euros (30 mil reais) e punido com dois jogos sem poder jogar como visitado.

No final da audiência, a defesa do Botafogo anunciou que vai recorrer para o pleno do TJD-RJ, a última instância da justiça desportiva carioca.

«A defesa do Botafogo entende que alguns pontos foram excessivos. Vamos recorrer ao pleno do TJD, vamos fazer isso até amanhã, para tentar alguma medida que consiga devolver condições de jogo aos atletas punidos», referiu André Alves, gerente jurídico do clube, citado pelo GloboEsporte.

Já Tiquinho, que podia ter apanhado meio ano de suspensão, sublinhou que não teve «intenção» de agredir o árbitro e chegou a emocionar-se na sessão.

«Não foi minha intenção agredir o árbitro. Em 15 anos de carreira, isso nunca aconteceu. Houve uma falta não marcada, eu reclamei e depois irritei-me com a expulsão. Eu não lhe dei uma cabeçada, apenas encostei. Arrependo-me do que aconteceu», declarou o ex-jogador de FC Porto, V. Guimarães e Nacional.

Outros três jogadores, Lucas Perri (Botafogo) e Marinho e Everton Cebolinha (Flamengo) foram absolvidos.