FIGURA DO JOGO: Hildeberto

Na estreia a titular, e depois de Paulo Sérgio exigir uma atitude mais aguerrida aos seus pupilos, o avançado cabo-verdiano, que chegou a Portimão há poucas semanas, mais que justificou a aposta. Atuando como falso nove, recuou para «roubar» a posse, para ajudar na construção e para forçar o erro da defesa contrária. Assinou duas assistências, ganhou o livre que resultou no 0-3. Ainda que desgastado na segunda parte, foi uma exibição de encher o olho, de poucos remates, mas de excelentes decisões. Terá, por certo, conquistado a titularidade, em detrimento de Carrillo.

MOMENTO DO JOGO: dupla parada de Nakamura

O Portimonense vencia por 2-0 quando, aos 32m, o guardião dos «alvinegros» travou Bozenik e Agra, com oportunidades primordiais para lançar o Boavista numa eventual reviravolta. As paradas do nipónico foram decisivas ao longo de todo o encontro, e brindadas com a eficácia na frente. Nakamura foi um pilar neste triunfo do Portimonense.

Outros destaques

Carlinhos

Uma assistência e um golo. O veloz e criativo Carlinhos, que por vezes deixa Paulo Sérgio à beira de um ataque de nervos, voltou a ser determinante nas poucas, mas boas, jogadas de ataque dos algarvios. Além disso, realce para o golo de belo efeito, de livre direto.

Na reta final da partida assumiu a missão de Hildeberto, que havia sido substituído. Como tal, ajudou à «machadada» final no encontro.

Hélio Varela

À semelhança do colega de equipa, o extremo abriu o «ketchup» e lançou o Portimonense na vitória mais expressiva, até ver, nesta edição da Liga. Foi o primeiro a assumir protagonismo na frente e, depois de apresentar algumas queixas musculares, assinou o 0-1. Uma autêntica seta apontada à baliza contrária. Varela chegou ao quinto golo no campeonato e ajudou os algarvios a escalarem a tabela, até ao nono lugar.

Bozenik

Infeliz, de pólvora seca. A referência no ataque do Boavista. O final do jogo assemelhou-se a despedida, ainda que amarga, uma vez que o avançado bateu por várias vezes no peito, apontou para o símbolo do Boavista e cumprimentou os adeptos. A saída poderá consumar-se nos próximos dias, naquela que será uma perda de peso no plantel de Ricardo Paiva.

Agra, Malheiro, Pérez e João Gonçalves

Os outros rostos da reação boavisteira. Pressionantes, velozes, determinados, mas ineficazes. Por vezes, até, desesperados. Faltou discernimento para, em 45 minutos, tentar resgatar um ponto. O golo de Makouta deu alento, mas o foco dos «axadrezados» ficou à porta do Bessa. Quanto ao jovem guardião, fez algumas defesas, mas nada podia acrescentar aquando dos golos do Portimonense. Uma defesa apática, suave e que deixou Gonçalves exposto.