Martin Braithwaite recordou os momentos difíceis na infância em que esteve dois anos numa cadeira de rodas por causa da doença de Legg-Calvé-Perthes que lhe afetou a anca.

«Não tenho muitas recordações porque foi um momento muito triste. Olhava para as outras crianças a correr, a saltar, a brincar... magoava-me. Foi um momento muito difícil na minha vida», contou o jogador dinamarquês em entrevista à CNN.

«Recordo-me de me sentir, como dizer… com vergonha… por ser diferente. Não queria aquele tipo de atenção», confessou, acrescentando: «Foi uma viagem infernal.»

Apesar deste momento difícil, Martin Braithwaite diz que nunca quis ser nada além de jogador de futebol. «Sempre quis ser futebolista. Desde muito novo não tinha outra coisa em mente. Não tinha um plano B e, quando é assim, não te distrais.»

O dinamarquês diz que, quando soube do interesse dos catalães, nem contou à mulher. «Às vezes, no futebol há interesse, mas não significa nada. Ainda fica muito longe [de se concretizar].»

Mas a transferência acabou mesmo por acontecer e o menino que passou dois anos em cadeira de rodas agora é jogador de um clube de topo do futebol mundial.