Rui Borges, treinador do Moreirense, considera que os seus jogadores devem ser «fortes» e estar «concentrados» a defender para poderem vencer um Arouca com «uma dinâmica muito boa, destacou na antevisão do jogo da 26.ª jornada da Liga que está marcado para este domingo (15h30).

À espera de «um bom jogo» entre o Moreirense, sexto classificado, com 39 pontos, e o Arouca, sétimo da tabela, com 34, duas equipas com «muita qualidade», «bem organizadas», que «gostam de ter bola e de ser ativas», o treinador perspetivou que o triunfo vai pender para a equipa «mais capaz» ao longo dos 90 minutos.

«O Arouca gosta de partir o jogo, porque os quatro homens da frente são muito agressivos, verticais e têm uma dinâmica muito boa. Esses jogadores fazem essa diferença. Temos de ser fortes e concentrados no momento defensivo. No momento ofensivo, queremos explorar uma ou outra situação em que o Arouca se expõe», disse Rui Borges.

Com muitos elogios para com o «coletivo muito forte» montado por Daniel Sousa, treinador dos lobos da serra desde novembro de 2023, assente num «bloco coeso» e em «bons timings» de jogo, o técnico dos cónegos reconheceu que o Arouca vai «colocar à prova» uma equipa apostada em «recuperar rapidamente» da derrota na ronda anterior, na visita ao Bessa (1-0).

Rui Borges considerou que o Moreirense poderia ter somado mais pontos nos encontros das duas jornadas anteriores, diante do Rio Ave (0-0) e Boavista, até porque os seus jogadores foram «proativos e tiveram bola» por mais tempo, mas lembrou que a segunda volta se perspetivava mais difícil do que a primeira, com equipas na luta pela fuga à descida, o que obriga à procura de novas soluções.

«Temos de arranjar soluções diárias e semanais para perceber como podemos ser mais agressivos. Poderíamos ter mais pontos, mas não é por aí. O futebol é momento de inspiração em alguns momentos. Somos uma equipa muito ambiciosa e corajosa. Estou muito feliz pelo que têm feito até hoje», salientou.

O líder dos vimaranenses crê ainda que «a inexperiência dos homens da frente» influencia o rendimento ofensivo da segunda volta, que se salda, para já, em três golos ao longo de oito jornadas, todos eles a garantirem vitórias por 1-0, mas disse que estaria mais preocupado caso a equipa não chegasse ao «último terço» do relvado.

Questionado sobre o possível interesse do Sp. Braga na contratação do médio Gonçalo Franco para a época 2024/25, veiculado ao longo da semana anterior pela imprensa portuguesa, o treinador de 42 anos mostrou-se surpreendido por ser o único jogador do plantel associado a outros clubes.

«Espanta-me falarem só do Franco. Nessa parte individual, tem feito um campeonato muito regular. É comprometido, ambicioso, corajoso. Sabe o que tem de melhorar. É muito focado, sabe onde tem de chegar. O Alanzinho não jogou os últimos dois ou três jogos, mas é um jogador acima da média. Temos o Fabiano e o Kewin a fazerem um campeonato fabuloso, assim como o Ofori», disse ainda.