Miguel Oliveira não está a ter uma temporada fácil no Moto GP, ao serviço da RNF Aprilia. É 13º no mundial de pilotos e já conta cinco corridas não terminadas. Isso começou logo na primeira prova da época, o Grande Prémio de Portugal, com uma queda que lhe condicionou a parte inicial do campeonato.

Apesar de tudo, o ‘Falcão’ conseguiu mostrar as suas qualidades em vários momentos – de tal modo que aparece como um dos pilotos que a Honda admite contratar para substituir, na próxima época, o multicampeão Marc Marquez, de saída da equipa.

«Para ser honesto, é um privilégio ser considerado por um construtor como a Honda para ingressar na sua equipa», disse Miguel Oliveira à reportagem da motogp.com. «O objetivo de qualquer piloto é estar num lugar de fábrica, numa mota de fábrica, com a perspetiva de crescer juntos. Quero que isso aconteça o mais depressa possível», acrescentou.

De qualquer forma, Miguel Oliveira também não fecha a porta a uma progressão dentro da marca italiana: «se for com a Aprilia, será um prazer», assegurou.

A possível saída de Miguel Oliveira da CryptoDATA RNF já motivou reações mais ásperas dos responsáveis da equipa, que entendem que o contrato do piloto português o prende para a próxima época.

É normal haver, nos contratos dos pilotos, uma cláusula que os liberta caso surja um convite de uma equipa de fábrica.  O patrão da equipa disse que isso não existia no caso de Miguel Oliveira; o piloto respondeu que tal não era verdade.

Na Austrália, o piloto português evita qualquer polémica, mas frisa o objetivo que tem: «um lugar de fábrica é bom para o piloto, no sentido em que pode desenvolver-se e ter o melhor apoio que a marca possa dar, no caso de o rendimento da mota não estar a ser o ideal», afirmou.

O piloto português também entende que, atualmente, as diferenças são menores entre as formações de fábrica e as restantes, o que permite a pilotos de equipas satélite andarem nos primeiros lugares. «Isso significa mais trabalho e ainda mais responsabilidade para o piloto de fábrica», disse.