A neozelandesa Rebekah Stott é a primeira «cromo do dia» do Mundial feminino, uma rúbrica diária do Maisfutebol, para acompanhar ao longo da fase final da competição que está a decorrer, ao longo do próximo mês, na Austrália e Nova Zelândia.

A defesa das All-Blacks iniciou este Campeonato do Mundo já como campeã, depois de ter ultrapassado o maior desafio da sua vida, driblando um cancro, concretamente um Linfoma de Hodgkin, antes de se estrear de forma surpreendente, com uma vitória sobre a Noruega no jogo inaugural.

Mundial Feminino: ex-Sporting dá vitória à Nova Zelândia no jogo inaugural

Nascida a 17 de junho de 1993, em Brighton, Stott esteve quatro meses a fazer quimioterapia para bater o cancro que ameaçava, mais do que a sua carreira, a sua vida. Um grande desafio que Stott ultrapassou com distinção, com o apoio da família e também das companheiras de equipa.

A jogadora de trinta anos foi partilhando todas as dificuldades e provações que passou no Instagram e também num blogue criado para o efeito que serviu para se distrair, mas também para inspirar outras pessoas que tenham passado pelo mesmo processo.

O regresso à competição também não foi fácil e Stott recorda como uma simples sessão de ginástica a deixou de rastos durante três dias. «É como se tivesse voltado no corpo de uma velha Stotty, em termos de força», recorda. Mas a verdade é que a defesa recuperou a tempo de jogar um Mundial muito especial, em sua casa. 

A verdade é que Stott recuperou o seu lugar no centro da defesa das Ferns e diz o seu maior sonho era jogar no Campeonato do Mundo num Eden Park esgotado. Essa foi a sua «maior motivação» durante os muitos exames médicos que foi fazendo ao longo dos últimos meses.

A fechar, ela conta, em forma de conselho, como foi a sua atitude perante tamanha adversidade: «Apenas continuem a ser vocês próprias e vão superar as adversidades. O que é que podem fazer mais para além disto?», pergunta.

Uma verdadeira campeã, mesmo antes de começar o Mundial.