A intervenção de Bento XVI sobre a pedofilia na Igreja a bordo do avião que o trouxe até Portugal reforçou a sua política de responsabilização e mudança na Igreja, evitando um discurso de vitimização da hierarquia.

Ao afirmar que a «maior perseguição à Igreja» não vem de «inimigos de fora, mas nasce do pecado da Igreja», o papa foi mais longe do que tinha ido até agora assumindo que, em primeiro lugar, o problema é do foro interno.

Diversos casos de pedofilia a envolver membros do clero católico têm sido divulgados em vários países, tendo já levado o papa a aceitar demissões de bispos da Irlanda, Bélgica, Alemanha ou Noruega.