Foi já à civil que Paulo Sérgio comentou a saída do comando do Sporting, numa declaração sem direito a perguntas, neste sábado, na Academia. O treinador assegurou ter feito o melhor trabalho possível nas condições que encontrou e que a entrega da pasta a José Couceiro não foi um golpe nas suas costas. Paulo Sérgio prometeu, ainda, voltar mais forte.

Refira-se que o técnico despediu-se dos jogadores do Sporting ainda antes da realização da conferência de imprensa.

Couceiro é boa escolha para o Sporting? VOTE

«Foi um período difícil. Enquanto estive a liderar este processo demos o melhor de nós em prol do Sporting. Por um conjunto de factores que não interessam, não conseguimos os resultados que queríamos e entendemos que outra cara à frente do grupo pode trazer a tranquilidade que a equipa necessita para dentro de casa ter o discernimento para vencer», começou por dizer Paulo Sérgio, após a reunião desta manhã com a SAD leonina e na qual acordou a rescisão de contrato.

«Achamos que era o momento de finalizar esta relação laboral e, independentemente do que está para trás, agradecer a oportunidade e a lealdade das pessoas que estiveram comigo, agradecer a todos os que trabalharam connosco, foi para mim um privilégio e honra servir esta instituição», acrescentou.

Apesar de tudo o que aconteceu e também não aconteceu, como as promessas falhadas ao nível de contratações aquando da sua vinda para o Sporting, Paulo Sérgio garantiu que sai de cabeça erguida e a torcer pelo sucesso dos leões: «Quero deixar claro que não saio amargurado. Saio triste porque não consegui os objectivos. Vou sair do processo, mas continuo a torcer para que tudo corra bem e que o futuro do Sporting seja brilhante. Fiz tudo para que os resultados não fossem os que acabámos por somar, mas os resultados resultam de um conjunto de factores que não vou mais abordar.»

«O Zé não me fez nada nas costas»

O treinador quis, também, esclarecer a sua relação com o director-geral, assegurando que nada foi tratado nas suas costas. «A minha saída e entrada do Zé [Couceiro] foi completamente transparente entre nós os dois. Temos uma relação de grande cumplicidade, o Zé não me fez nada nas costas e quero deixar isso bem claro para que não criem um problema. Queremos que o Zé seja a solução e que ninguém tenha essa leviandade», defendeu.

Por fim, Paulo Sérgio lamentou ter falhado o grande objectivo a que se propunha em Alvalade, prometendo regressar à competição pela porta grande.

«Não preparei o discurso, mas saio triste por não ser campeão, era o meu sonho, a minha ambição quando aceitei este projecto. Vou agora descansar para voltar mais forte. Confio no que consigo fazer, na minha equipa técnica e voltarei mais forte num projecto que há-de surgir», afiançou o técnico, que disse gostar ainda mais do Sporting: «O futebol português precisa de um Sporting forte. Se tinha uma costela sportinguista, hoje saio daqui a gostar mais do clube e a fazer força e a desejar que tudo corra bem. Muita sorte para o Zé e o grupo irá dar uma óptima resposta. E aos adeptos que apoiem a equipa, que quando apoiam é mais fácil.»