O diretor-executivo do circuito feminino de ténis (WTA), Steve Simon, pediu uma investigação às acusações da tenista Peng Shuai, que entretanto desapareceu, de violação por parte de um antigo vice-primeiro-ministro chinês.

No início de novembro, a tenista, que já liderou o ranking feminino de pares, acusou Zhang Gaoli, atualmente com 75 anos, de a ter forçado a ter relações sexuais, há três anos, em Pequim.

A acusação tinha sido publicada na rede social chinesa Weibo e já foi retirada. Peng Shuai revelava que anos antes deste incidente tinha tido relações com o antigo alto funcionário do governo, por quem naquela ocasião tinha sentimentos.

«Peng Shuai, e todas as mulheres, merece ser ouvida, e não censurada. A acusação que faz contra um antigo líder chinês, que envolve uma agressão sexual, deve ser tratada da forma mais séria. Em todas as sociedades, o que ela alega, deve ser investigado», pode ler-se no comunicado do responsável do WTA.

Nas redes sociais foi lançado o movimento 'Onde está Peng Shuai’, onde a comunidade do ténis refere que a jogadora está desaparecida há cerca de 10 dias.

«As acusações são inquietantes. Conheço Peng desde os seus 14 anos, devemos todos estar inquietos, é grave. Onde está ela? Está em segurança?», escreveu a norte-americana Chris Evert.

Também a francesa Alizé Cornet pediu que ninguém fique em silêncio. Atitude semelhante teve o tenista britânico Liam Broady, que questionou acerca do paradeiro da jogadora chinesa.