«O PS aceita que o PGR venha à Assembleia da República», declarou Ricardo Rodrigues.
O dirigente da bancada do PS justificou a decisão afirmando que Pinto Monteiro se manifestou disponível para ser ouvido no Parlamento, segundo a comunicação social.
«O PGR manifestou-se disponível, o PS não impedirá que seja ouvido», disse.
Na segunda-feira, o porta-voz do PS, Vitalino Canas, tinha condicionado a viabilização da audição à disponibilidade de Pinto Monteiro.
«Se a Procuradoria e o Procurador-Geral entenderem que há esclarecimentos a prestar e que a Assembleia da República é o local adequado, o PS está disponível para isso», declarou Vitalino Canas.
Em entrevista publicada na edição deste sábado do semanário Sol, inquirido sobre «o que pensa da possibilidade de os serviços de informações fazerem escutas», o Procurador-Geral da República respondeu que iria dizer «com toda a clareza» algo «que talvez não devesse dizer».
«Acho que as escutas em Portugal são feitas exageradamente. Eu próprio tenho muitas dúvidas que não tenha telefones sob escuta. Como é que vou lidar com isso? Não sei. Como vou controlar isto? Não sei. Penso que tenho um telemóvel sob escuta. Às vezes faz uns barulhos esquisitos», acrescentou o Procurador-Geral da República.
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