O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou esta segunda-feira que os três primeiros anos do seu Governo foram «muito difíceis» e «duros», marcados por medidas «áspera» e até por alguma «rudeza», mas que tiveram bons resultados para o país, escreve a Lusa.

A síntese de José Sócrates em relação aos seus três primeiros anos de Governo foi feita no final de uma cerimónia de assinatura de contratos de investimento da Galp para a modernização das refinarias de Matosinhos e de Sines.

«Se há síntese a fazer destes três anos de Governo em termos económicos, é que Portugal venceu a crise orçamental, pôs as contas públicas em ordem, geraram-se 94 mil novos postos de trabalho e, por outro lado, o crescimento económico foi de 1,9 por cento em 2007», declarou José Sócrates.

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Segundo o primeiro-ministro, em 2005, quando iniciou funções de Governo, «ninguém diria que estes resultados seriam atingidos no final de 2007». No entanto, o primeiro-ministro reconheceu logo a seguir que a actuação do seu Governo nestes últimos três anos «foi muito dura, muito exigente, muito difícil e áspera».

«Os portugueses têm naturalmente consciência que esta governação foi difícil, mas tivemos resultados - e bons resultados. Devemos pôr esses bons resultados ao serviço dos portugueses, mas nunca deitá-los fora por se achar que agora vamos entrar na facilidade. Respeito demasiado as dificuldades pelas quais se passou nestes últimos três anos», argumentou.

Ainda neste contexto de rejeição da «facilidade» em termos de adopção de medidas políticas, o primeiro-ministro adiantou que, desde Março de 2005, «houve até uma rudeza que foi exigida pela governação». Interrogado se a fase de medidas ásperas do seu Governo já tinha sido ultrapassada, Sócrates voltou a referir-se ao actual clima de incerteza nos mercados mundiais.