De acordo com a empresa, a descida deve-se, sobretudo, ao «aumento das taxas de capitalização aplicadas na avaliação de centros comerciais, após estas terem atingido mínimos históricos em períodos anteriores, ao acréscimo dos custos líquidos de financiamento e aos menores resultados relativos a investimentos».
A empresa detida pela família Azevedo viu o seu volume de negócios crescer 23,6% para os 2.436,7 milhões de euros no primeiro semestre, tendo sido o negócio do retalho o principal responsável pela sua valorização.
O grupo fala de um acréscimo de 25,8% no volume de negócios desta área, até aos 384,4 milhões, enquanto as telecomunicações aumentaram 14,2% até aos 57,8 milhões. Os centros comerciais, por outro lado, contribuíram com 17 milhões de euros, mais 25,1%.
O EBITDA, excluindo o impacto do valor criado em propriedade de investimento subiu 11,6% para os 243,9 milhões de euros. Já o EBITDA total traduziu-se numa redução de 30,8% para os 222,3 milhões de euros.
Já a dívida líquida da Sonae SGPS totalizou os 3.128,4 milhões de euros, mais 517 milhões face ao período homólogo de 2007.
Mais três Continentes até ao fim do ano
Quanto aos próximos tempos, a Sonae mantém a confiança na sua estratégia: «No actual contexto de agravamento do quadro macroeconómico, as perspectivas comunicadas para 2008, embora difíceis de alcançar, mantêm-se válidas», refere em comunicado.
Por outro lado, o grupo mantém-se atento a oportunidades de crescimento e quer crescer a sua área de vendas em aproximadamente 60 mil metros quadrados até ao fim do ano, incluindo a abertura de três novos hipermercados Continente dos 12 projectos de retalho adquiridos no ano passado.
As acções da Sonae SGPS fecharam a desvalorizar 2,82% para 0,69 euros.
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