O presidente do instituto que gere a dívida pública disse esta quarta-feira que os certificados de aforro são um produto concorrencial com a oferta disponível no mercado português, tendo em conta o risco que lhe está associado.



«Os certificados comparam favoravelmente em termos de taxa, tendo em conta o risco oferecido», afirmou Alberto Soares, na Comissão de Orçamento e Finanças, no Parlamento, depois de questionado sobre as vantagens ou desvantagens face aos outros produtos do mercado bancário, nomeadamente os depósitos a prazo, diz a «Lusa».

«A banca portuguesa tem um prémio de 1,0 pontos percentuais sobre a dívida pública», disse o presidente do Instituto de Gestão de Crédito Público (IGCP), valor que há um ano era de apenas 0,3 pontos percentuais, o que mostra que o risco de incumprimento da banca é bem mais elevado que o do Estado português e que tem estado a aumentar.

«Em função do perfil de risco, a remuneração é diferente», lembrou Alberto Soares, sugerindo que um instrumento financeiro de risco mais baixo deve ter uma remuneração menor.

No entanto, os certificados de aforro têm um risco diferente dos depósitos a prazo dos bancos, pelo que não podem ser directamente comparados.