O Governo decidiu, no final de Janeiro, cortar a taxa de remuneração dos certificados de aforro e agora as condições de mercado voltam a ditar uma descida nas taxas a pagar aos mais de 700 mil portugueses que têm dinheiro investido nestes produtos de poupança.

Segundo os cálculos do «Diário Económico», e que deverão ser confirmados hoje pelo Instituto de Gestão do Crédito Público (IGCP), os novos certificados de aforro da série C vão pagar uma taxa de 3,458% para as novas subscrições a ser efectuadas ao longo do mês de Março.

Este valor representa uma quebra de face à taxa de 3,488% que tinha sido fixada para as subscrições feitas em Fevereiro e também fica aquém dos 3,892% estabelecidos para Janeiro. Apesar da tendência de descida, a mudança de taxa de Fevereiro para Março não é muito expressiva e só ganha relevância quando os montantes aplicados são mais avultados.

De acordo com uma simulação do «Diário Económico», para um investidor que tenha aplicado 100 mil euros (o máximo permitido) nos certificados em Fevereiro, vai receber, no final de um período de 10 anos 141.551 euros. O mesmo montante, aplicado à taxa que vai vigorar em Março, irá render ao aforrador 141.220 euros, ou seja, menos 331 euros. Nos cálculos, foram considerados os prémios de permanência e o pressuposto de manutenção das taxas de juro.