O ministro das Finanças e presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) entre 2000 e 2005 voltou a assumir esta sexta-feira que «houve acção deliberada de esconder coisas», no que diz respeito ao caso das «off-shores» no BCP.

No Parlamento, onde esteve a prestar declarações sobre o sistema de supervisão, Teixeira dos Santos negou, contudo, que enquanto esteve à frente do regulador de mercado, houvessem indícios de ilegalidade.

«As empresas apareciam como qualquer outro investidor. Foram as denúncias feitas recentemente que permitiram perceber que algo unia essas off-shores», disse.

O actual ministro das Finanças lembrou igualmente que «não há nenhum sistema de supervisão do mundo que seja imune a acções de falseamento e escamoteamento de informação». Como exemplo, Teixeira dos Santos lembrou o caso dos Estados Unidos e dos episódios da Enron e WorldCom como sinal de potenciais falhas.

As acções do banco seguem a cair 2,84% para 1,19 euros.