Vitor Constâncio garantiu ainda, na comissão parlamentar de inquérito à supervisão bancária, que as novidades no caso passam pelas denúncias internas sobre o crédito concedido a familiares de administradores da instituição financeira e os 17 veículos «offshore» que não foram declarados.
O responsável referiu que «em 2002 foram detectados 22 veículos offshore ligados a accionistas e clientes da instituição», mas que nessa altura, o BdP considerou que «não havia ilicitude já que activos entregues cobriam os créditos que lhes havia sido concedido pelo BCP».
«Estes créditos só causaram problemas quando as acções começaram a desvalorizar e só nessa altura, o Banco de Portugal actuou em conformidade», sublinhou.
Constâncio foi mais além e afirmou que, o ano passado, surgiram «mais 17 veículos offshore» e que «são as operações feitas entre o BCP e estes veículos que estão a ser agora alvo da análise».
As acções do BCP seguem a derrapar 1,20 por cento para 1,24 euros.
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