A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação atingiu o valor médio de 5,502 por cento no mês de Maio, o que representa uma diminuição de 0,070 pontos percentuais (p.p.) face a Abril de 2008, revelam dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Esta redução acontece num contexto em que se verificou um crescimento das taxas de juro no mercado interbancário do euro. No entanto, «no passado observou-se que as variações nas taxas de juro implícitas parecem ter ocorrido com algum desfasamento relativamente às variações das taxas de juro neste mercado», alerta o instituto.

O mesmo sublinha ainda que se têm verificado alterações nos contratos de crédito à habitação, nomeadamente no que se refere à sua duração e ao diferencial sobre o indexante, com implicações no perfil temporal do correspondente fluxo de juros.

A redução mensal da taxa de juro implícita no conjunto dos contratos em vigor ocorreu nos períodos considerados (contratos celebrados nos últimos 3, 6 e 12 meses). Efectivamente, registaram-se decréscimos mensais de 0,051 p.p. (para os contratos celebrados nos últimos 3 meses), de 0,072 p.p. (últimos 6 meses) e de 0,099 p.p. (últimos 12 meses), fixando-se as respectivas taxas de juro implícitas em 5,258%, 5,122% e 5,075%.

Do mesmo modo, a descida abrangeu todos os destinos de financiamento considerados: aquisição de terreno para construção de habitação (-0,145 p.p.), construção de habitação (-0,063 p.p.) e aquisição de habitação (-0,072 p.p.). As respectivas taxas de juro implícitas situaram-se em 5,387%, 5,519% e 5,499%.

Em ambos os Regimes de Crédito observou-se uma evolução decrescente das taxas de juro, -0,081 p.p., passando para 5,378%, no Regime Geral e -0,027 p.p. no Regime Bonificado Total, situando-se em 6%.

As taxas de juro implícitas nos contratos dos Regimes Bonificados Jovem e Não Jovem apresentaram comportamentos semelhantes, diminuindo, ambos, relativamente ao mês anterior 0,026 p.p., para valores de 5,941% e de 6,059%, respectivamente. Estes decréscimos na taxa de juro resultaram de descidas nas parcelas suportadas pelos mutuários, de -0,013 e de -0,011 p.p., bem como nas comparticipações do Estado, de -0,013 e de -0,015 p.p., respectivamente.

Capital em dívida sobe 89 euros

No mês de Maio, o valor médio do capital em dívida no total dos contratos de crédito à habitação em vigor atingiu 53.392 euros, mais 89 euros que no mês anterior.

Já o valor médio da prestação vencida nos contratos celebrados nos últimos 3 meses fixou-se em 449 euros, menos 3 euros que o mês anterior, ficando este valor muito acima do valor médio do conjunto dos contratos em vigor, que foi de 347 euros.

Nos contratos celebrados nos últimos seis e 12 meses, os valores médios das prestações vencidas foram de 439 e de 441 euros, inferiores em 1 euro e em 4 euros aos valores correspondentes verificados em Abril.