A China foi classificada como o destino mais atractivo para o Investimento Directo Estrangeiro (IDE), à frente da Europa de Leste e da Europa Ocidental, num inquérito realizado a líderes de negócios, divulgado na World Investment Conference, esta quarta-feira, em França.

O quinto estudo anual realizado pela Ernst & Young sobre a atractividade europeia de IDE mostra que as regiões mundiais tornaram-se muito mais equitativas em termos de intenções de investimento empresarial.

Mas estas percepções dos investidores ainda não são suportadas pela realidade dos fluxos de investimento. Embora 47% dos participantes no inquérito coloquem a China como o mais atractivo destino de investimento, esta representa menos de 8% dos fluxos globais de IDE, de acordo com dados da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). Enquanto só 33% dos participantes classificam a Europa Ocidental como escolha preferencial para a localização do seu investimento, a região contabiliza 37% dos fluxos globais de IDE, de acordo com a mesma instituição.

«O mundo está-se a tornar um campo aberto no que toca às percepções empresariais das opções de investimento além fronteiras», diz o parceiro da Ernst & Young, Marc Lhermitte. «Os mercados desenvolvidos da Europa Ocidental e dos EUA estão a ser desafiados por competidores iguais. Ao olharem em frente, as empresas estão a procurar o crescimento através do poder de compra dos consumidores asiáticos, mas a Europa e os EUA mantêm-se ainda como mercados largamente diversificados e poderosos», acrescenta.