O valor de dez milhões de dólares referido para a compra daquela empresa charter era acompanhado de um conjunto de exigências, entre as quais o despedimento de todos os trabalhadores, e a não aceitação da responsabilidade pelo valor dos contratos futuros já assinados, refere a TAP em comunicado.

«A garantia bancária de dez milhões de dólares, apresentada no início das conversações pela EuroAtlantic, não constituía uma proposta de compra, apenas comprovaria a capacidade de a mesma reunir esse montante, caso houvesse acordo entre as partes», acrescentam.

As conversações entre Tomaz Metello e a TAP decorreram em Março e Abril de 2006, «conheceram diversas manobras dilatórias por parte daquele empresário e terminaram sem acordo, por iniciativa do líder da EuroAtlantic, que alegou graves razões de saúde para não prosseguir as negociações», justificam.

Assim, acrescenta a companhia de bandeira que «a White acabou por ser vendida no início de Setembro ao Grupo OMNI, após negociações sérias encetadas em Julho, por um montante global próximo dos 6,8 milhões de dólares, sem necessidade de redução do seu efectivo e em condições de negociação completamente diversas das anteriormente propostas».

A TAP diz ainda que a venda da White «foi feita em condições mais vantajosas para a TAP e permitiu que aquela empresa prosseguisse normalmente a sua missão de prestação de serviços, continuando a atender o seu importante grupo de clientes».

Em resultado, e garantindo não admitir que «a sua honorabilidade e credibilidade sejam postas em dúvida por Tomaz Metello», a companhia diz que «encarregou os competentes serviços jurídicos de agir de acordo com o exigido pelas circunstâncias».