Em carta enviada a 20 de Maio ao presidente da CMVM, a que a «Lusa» teve acesso, o advogado, enquanto accionista do banco, pediu esclarecimentos sobre os requisitos que o regulador do mercado define como necessários para que os membros dos órgãos de governação do banco sejam considerados independentes.

Júdice justifica o pedido de esclarecimento com a necessidade de ter de tomar decisões na assembleia geral do Banco Comercial Português (BCP), que decorre hoje no Porto, e na qual serão votadas alterações aos estatutos do banco.

As alterações propostas pelo Conselho Geral e de Supervisão do BCP incluem a atribuição a este órgão do poder de designar a administração do banco, até agora eleita em assembleia geral, sendo este um dos pontos que tem gerado polémica entre os accionistas.

O Conselho Geral e de Supervisão, tal como a Comissão de matérias Financeiras, dele emanada, têm de ter uma maioria de membros independentes e é um dos focos da carta enviada por Júdice a Carlos Tavares.

José Miguel Júdice participa na assembleia geral do BCP como accionista e também em representação de João Rendeiro, presidente do banco Privado Português, um dos accionistas qualificados, com mais de 2 por cento do capital.