A redução foi patente tanto nos pedidos de dinheiro para comprar habitação como nos pedidos para financiar o consumo e outros fins: os primeiros abrandaram quatro décimas para 6,9% e os segundos uma décima para 10,4%. Quer isto dizer que o crédito ao consumo está a crescer mais do que o crédito à habitação e a abrandar mais devagar.
Mas os empréstimos aos particulares foram os únicos que abrandaram. Os pedidos pelas empresas, pelo contrário, aceleraram duas décimas, para 12,3%.
No conjunto, o sector privado não financeiro acabou por registar um abrandamento de uma décima, para 9,6%.
Já os empréstimos a sociedades financeiras não monetárias registaram o maior abrandamento: de 5,8 para 23,4%, devido à crescente dificuldade que os bancos registam em se financiarem.
No final, em Junho, os empréstimos bancários concedidos ao sector não monetário (excluindo administrações públicas) registaram uma taxa de variação anual de 10,2%, menos três décimas que no mês precedente.
O Banco de Portugal lembra ainda que, de acordo com o inquérito aos bancos realizado em Julho, o crédito está cada vez mais difícil e mais caro. Os bancos estão a cobrar spreads mais altos, mais comissões e a exigir mais garantias.
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