José Sócrates sublinhou que as medidas apresentadas pelo Executivo são «concretas, fortes e poderosas» para desincentivar os recibos verdes». É que, para o primeiro-ministro, os recibos verdes «são um exagero que tem que acabar», disse, sublinhando a quantidade de jovens que actualmente trabalha nesta situação.
O responsável máximo do Executivo admitiu que as empresas venham a apresentar alguma resistência a algumas das medidas, mas acredita que as mesmas «têm consciência que isto não pode continuar».
Há situações envolvendo recibos verdes que «são injustiças gritantes e abusos declarados», disse, referindo-se ainda à mesma matéria, lembrando que, por isso mesmo, o Governo quer «punir os falsos recibos verdes».
«Não considero outro cenário que não seja um acordo»
O primeiro-ministro saiu confiante da reunião. José Sócrates garante que o Governo «parte para a discussão de espírito limpo, para chegar a acordo nas próximas semanas». Aliás, o líder do Governo nem quer «considerar outro cenário» que não seja um acordo com as centrais sindicais e acredita ter visto também «abertura por parte dos patrões, porque a proposta é justa».
«Tenho certeza que empresas e trabalhadores vêem com bons olhos estas medidas», afirmou, à saída da reunião.
Para José Sócrates, estas medidas, que são «fundamentalmente uma revisão do Código do Trabalho» que se tornava «absolutamente indispensável» e têm como objectivo «reforçar competitividade da economia e reforçar coesão e justiça social».
Muitas das medidas propostas constavam já do Livro Branco para as Relações Laborais, muito criticado, mas o primeiro-ministro não acredita que vão merecer contestação. «Ao contrário. Adoptámos medidos do Livro Branco, mas juntámos novas propostas, que são equilibradas e balanceadas e, que reduzem o desemprego».
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