«Há agora hipótese de sanear a empresa e de a oferecer, já sem dívidas, a um potencial investidor», disse Jaffé à emissora radiofónica Bayern 2, sem adiantar quem são os interessados que referiu, avança a Lusa.
Neste sentido, o advogado de Munique está a procurar «rapidamente e em todo o mundo» obter contactos com todos os concorrentes da Qimonda, para despertar o respectivo interesse na moderna unidade de produção alemã de semicondutores em Dresden.
Jafé considerou também o facto de as diversas fábricas da Qimonda, incluindo a fábrica de Vilal do Conde, continuarem a laborar «um primeiro sucesso do trabalho» que iniciou há menos de uma semana.
A Qimonda declarou falência na sexta-feira, depois de não ter conseguido obter um financiamento adicional de 300 milhões de euros.
Em finais de Dezembro, a empresa, que emprega cerca de 12.000 trabalhadores em todo o mundo, conseguiu obter ajudas de 325 milhões de euros, 150 milhões do Estado federado da Saxónia, 100 milhões de Portugal, através de um consórcio de bancos, e 75 milhões do principal accionista, a Infineon.
Atrasos na libertação desta verba e a queda do preço dos chips no mercado mundial tornaram necessária, no entanto, nova injecção de capital, que a Qimonda não conseguiu angariar em devido tempo.
Jaffé, nomeado gesto da falência pelo Tribunal Administrativo de Munique, já anunciou anteriormente que quer apresentar até Março um plano de reestruturação, para sanear a empresa, e não para a encerrar.
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