Foi um dia para esquecer nos mercados mundiais e o sentimento de pânico entre os investidores acabou por prejudicar a bolsa em Lisboa, realmente a mais penalizada perante a quebra de confiança e o receio de que a crise esteja para ficar e que o pior esteja ainda por se verificar.

O PSI20 perdeu uns impressionantes 9,86 por cento tendo sido a sessão mais negra de sempre. Nenhum título escapou a esta segunda-feira negra, com o índice já abaixo dos 7 mil pontos: nos 6.954,87 pontos.

Já na restante Europa, o IBEX perdeu 6,06%, o DAX 7,07%, o FTSE 7,85% e o CAC 9,04%.

Por cá, a sessão foi particularmente negativa para o sector da energia: a EDP tombou 16,44%, para os 2,26 euros, seguido da Galp, que perdeu 13,07% para os 9,45 euros e da EDP Renováveis, que recuou 12,09% para os 4,67 euros. Além da turbulência financeira, o sector segue penalizado pela descida do petróleo que está já a valer em Nova Iorque e em Londres menos de 90 dólares.

Dow Jones e Nasdaq também em depressão

Na banca, o desaire não foi tão grande, mas as coisas correram pior ao BES, que tombou 9,14% para os 8,00 euros e o BPI, que desvalorizou 7,77% para os 1,96 euros. O BCP recuou sensivelmente o mesmo para uns ligeiros 1,05 euros.

Nas telecomunicações, a PT perdeu 6,52%, ao passo que a Zon se aguentou nos 4,90 euros, numa descida de 3,92%, elevada para dias normais, mas relativamente moderada neste cenário de crise. A Sonaecom, por outro lado, perdeu 6,01% para os 1,61 euros.

Lá fora, o cenário não é melhor: em São Paulo, a bolsa teve de ser suspensa duas vezes devido a quedas moderadas, ao passo que, depois da abertura em baixa, o Dow Jones e o Nasdaq continuam com descidas elevadas: caem 4,24% e 5,96%, respectivamente.