Os dados da APS, a que a agência Lusa teve acesso, revelam que as contribuições acumuladas dos PPR (não ligados a fundos de investimento e ligados a fundos de investimento) atingiam os 228,8 milhões de euros em 2008, contra os 198,7 milhões de euros acumulados nos dois primeiros meses de 2007, avança a «Lusa».
Os PPR ligados a fundos de investimento apresentaram a evolução mais significativa com um crescimento de 118,1 por cento em Janeiro e Fevereiro, face ao mesmo período de 2007, para um total acumulado de 77,7 milhões de euros.
Nos dois primeiros meses do ano passado, as contribuições acumuladas situavam-se nos 35,6 milhões de euros.
Por seu turno, o volume de prémios dos PPR, não ligados a fundos de investimento, diminuiu 7,4 por cento nos dois primeiros meses de 2008, para um total de 151 milhões de euros, contra os 163 milhões de euros verificados em 2007.
Estes dados referem-se ao período que antecede a entrada em vigor dos novos certificados de reforma do regime público, que completam agora um mês de existência e que foram subscritos por cerca de 2.700 pessoas em Março.
A Associação Portuguesa de Seguradores não viu com bons olhos este novo produto, acusando o Governo de dar melhores condições aos certificados de reforma do regime público, quer ao nível da supervisão, capitalização, informação e fiscalidade.
A APS defendeu que os certificados de reforma devem ser desenvolvidos nas mesmas condições que os Planos Poupança Reforma do sector privado, salvaguardando princípios fundamentais da defesa do consumidor e das regras de sã concorrência.
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